segunda-feira, 29 de março de 2010

Guardados

Acabei de ler um texto maravilhoso e gostaria de guardar aqui para ler vez em quando.

.Eu recomendo : curlveliciously me
.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O problema dos ideias de beleza

Ela é considerada um ideal de beleza na Mauritânia, mas isso nem é uma coisa legal.


Veja por quê.



Texto escrito por Jill do Blog Imagine Today (foi publicado em 8 de janeiro de 2010) sob o título "Beauty Ideals need to go"
Este texto me fez refletir bastante:
" Por um longo tempo eu costumava fantasiar o quão bom o mundo seria se nossos ideias de beleza fossem diferentes, por exemplo, se eu vivesse em um destes países nos quais ser curvelína ou até mesmo gorda fosse valorizado ao invés de ser magro.



Na minha cabeça estes países teriam muito mais liberdade: as mulheres não teruam medo de comer, de usar roupas que mostrassem suas curvas, simplesmente ser quem são... e então eu li este artigo na revista Marie Claire sobre um país chamado Mauritânia, onde o ideal de beleza é " algo como o culto americano pela supermagreza ao contrário. Na tradição Mauritânia são as camadas de gordura que definem a sensualidade"
Enquanto eu lia o artigo eu comecei a entender o quanto era distorcida a minha idéia sobre estes países. Ao invés de ser libertador, o ideal de beleza mais gordo presente na Mauritânia causa dor emocional às mulheres e as leva a comportamentos pouco saudáveis - o tanto quanto os nosso ideais opostos.


Se os pais das adolescentes forem ricos o suficiente, elas são comumente enviadas "colônias" de alimentação forçada para passarem alguns meses , onde elas são forçadas a comer cerca de 40 bolinhas do tamanho de um ovo de uma mistura de tâmaras, amendoin e couscous por dia, além de cerca de 6 litros de leite de cabra com cereais, fazendo com que a ingestão diária seja de 14.000 a 16.000 calorias, embora o recomendado para meninas de 12 anos em geral seja o consumo de 1500 calorias . Um homem adulto fisiculturista, por exemplo, consome cerca de 4.000 por dia.



Se as meninas se recusarem a comer, elas apanham ou torturadas apertando um bastão entre os dedos dos pés enquanto ouvem o quão pouco vale uma pessoa magrela na sociedade.



Ler isso foi um choque, embora, após refletir um pouco, não deveria ter sido.



Na cultura americana somos bombardeados todos os dias com imagens de mulheres magras nas revistas, na TV, nos filmes, etc... raramente vemos mulheres maiores retratadas como pessoas de sucesso ou felizes com suas vidas e seus corpos. Juntando-se a todos as propagandas de programas de dieta que são veinculados constantemente, direcionados às mulheres, especialmente, as mensagem é clara e direta: você não é boa o suficiente a não ser que seja magra. Isto é muito diferente do que desvalorizar as mulheres na Mauritânia por serem magras? Eu creio que não.
Nos Estados Unidos não temos "colônias" de alimentação forçada, mas temos "colônias" para gordinhos (Fat Camps), muitos os quais seguem linhas questionáveis em relação à saúde e, em geral promovem perda de peso que não é mantida porque eles não ensinam aos participantes como viver vidas saudáveis, ao invés disso, ensinam como se livrar de quilos. Além disso, temos programas de dieta que muitas mulheres aderem, programas que em geral as deixam malnutritas e insatisfeitas, enquanto a perda de peso raramente é mantida. Será que isso faz mais sentido do que as "colônias" de alimentação forçada. Eu acho que não.
Na verdade, a mensagem nas duas culturas é a mesma - seu corpo nunca é bom o suficiente - a única coisa que se modifica é o ideal de beleza que as mulheres buscam.


As pessoas afirmam que nosso ideal é mais saudável, mas, honestamente, eu acho isso uma palhaçada.



Quando temos companhias como a Ralph Lauren usando photoshop nas cinturas das modelos para que fiquem menores que suas cabeças ( bonecas Bratz de carne e osso... é sério isso?) e demitindo modelos por serem "muito gordas" para caber nas roupas; quando até mesmo quando os tornozelos da Barbie são criticados por serem muito gordos... temos uma cultura na qual muitas mulheres se sentem compelidas a passar fome e utilizar rotinas de alimentação e exercício pouco saudáveis porque, enquanto sociedade, promovemos o ideial de ser magro acima de ser saudável.



Na Mauritânia promove-se ser gordo acima de ser saudável e em boa forma física, mas, na verdade, não somos melhores que eles.



A questão é: existe um ideal de beleza em todos os lugares e, em todos os lugares, as mulheres são vítimas desta constante luta para atingir o ideal. Mas o que eu realmente queria saber é o porquê disso.
Mulheres gordas na Mauritânia são valorizadas porque, historicamente, uma "esposa gorda" (uma espécie de gado gordo) era o símbolo da riqueza de um homem, prova de que ele tinha meios suficientes para alimenta-la de maneira generosa, enquanto outros pereciam em uma terra propensa à secas.Basicamente, eles valorizam a mulher gorda porque ter uma esposa gorda faz com que o homem pareça mais poderoso.



Do mesmo modo, na America, a magreza pode ser um indicador que há dinheiro suficiente para comprar livros de dieta, planos de dieta, consultores de dieta, ser membro de uma academia, etc...



Mulheres que não perseguem o ideal de magreza em geral ficam preocupadas porque acreditam que não vão encontrar o amor por conta disso. Então, basicamente, nos dois casos, a questão central se resume a duas coisas: dinheiro e homens.



Você sabe o que convenientemente não existe nas duas culturas, na nossa e a da Mauritânia? Um ideal de beleza masculino.



Em geral os homens são cobrados muito menos em termos de aparência. Uma evidência: "barriga de chop" em homens é algo que pode ser sexy. Ao mesmo tempo, também são sexies os que não têm barriga. Basicamente os homens escapam muito mais das pressões sobre sua aparência.



Homens ricos e poderosos em geral tem como parceiras mulheres de beleza convencional (a única coisa que muda é o que se considera bonito) sem que se leve em conta sua própria aparência, porque isso não importa tanto quando um homem é avaliado. Políticos homens e outros homens de influência raramente, se o são, são criticados ou admirados por suas aparências, mas as mulheres influentes (como Hillary Clinton e Sarah Palin) o são.


Isso é errado. Algo deve ser feito.


Eu não estou dizendo que devemos começar a julgar os homens por sua aparência primeiro e suas realizações depois. O que eu estou dizendo é que precisamos nos livrar da idéia de dois pesos e duas medidas e parar de julgar as mulheres, especialmente as que são poderosas e influentes por sua aparência às custas de seus ideais.
Estabelecer um modelo de beleza é errado, não importa que modelo seja este, pois é injusto e explorador, e tudo que isso faz é fazer com que as mulheres gastem seu dinheiro e sua atenção de maneira excessiva e evita que elas conquistem tudo que podem conquistar, enquanto os homens, são em gerais mais livres para brilharem por conta de suas mentes e seus méritos.
Todos os corpos são bonitos e capazes de coisas incríveis- É hora de começar a viver está premissa como parte de nossa cultura".
O texto da revista Marie Claire a que a autora se refere está aqui e traz detalhes ainda piores sobre as "colônias" de alimentação forçada da Mauritânia.


Nota da tradução: Os "camps" em inglês indicam lugares nos quais em geral jovens, passam as férias, dedicando-se à atividades específicas, em geral durante as férias de Verão. O nosso equivalente seriam as "colônias de férias". Por isso traduzi "camps" como colônias. Desta forma os Force Feding Camps e o Fat Camps em português seriam "Colônias de alimentação forçada" e " Colônia para Gordos".
Algumas palavras como Force Feding Camps foram traduzidos aqui como "colônias".

sexta-feira, 12 de março de 2010

Machismo...

A idéia propagada aos quatro ventos de superioridade masculina me enoja. Não casei para agradar meu esposo, se ele quisesse ser agradado o tempo todo voltava a morar com a mãe dele.
Aliás a culpa é delas, das mães, melhor, é nossa, porque as mães somos nós mulheres!

Reclamamos da forma como os homens nos tratam, das palavras pejorativas que eles nos dirigem e quando temos a oprtunidade de reorganizar as coisas a partir da base, das crianças, fazemos tudo igual das atividades proibidas "de meninas" até os preconceitos que são passados de geração em geração, sobre as mulheres "honestas" criadas para agradar aos irmãos, ao pai e ao marido passando do julgo de um diretamente ao outro.

Chega de agradecer quando o homem não fez mais que a sua parte na divisão de tarefas domésticas, chega de por a comida, lavar as cuecas, chega disso tudo e viva a igualdade!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Preciosa

Que filme esplêndido! A poesia do flashdance e da poesia forçada da década de 1980foi por água abaixo, adoro flash dance também, mas Preciosa me atingiu com a sutileza de um soco no estômago para uma realidade que ainda hoje assombra crianças e adolescentes em famílias do mundo inteiro...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Deixar para depois...

As vezes deixo tudo em minha vida para depois, é como se as arvores, as flores, os sorrisos, as amizades... como se tudo congelasse, perdesse a expressão.

Todos os livros que alguém me indica, a maioria de auto ajuda, versam sobre o poder do agora, a importância do pensamento positivo na vida das pessoas, como pensamentos podem trazer vantagens financeiras...

Estranho isso, parece que o tempo agora passa muito mais rápido que há dez anos, quando os amores da adolescência eram um vida toda, mas no presente, cada beijo era intenso, cada lágrima vinha do fundo das entranhas, uma noite durava uma eternidade. Não sei se é uma mazela da idade adulta ou uma consequência de um mundo onde não se admite esperar um pouco, prosear sobre bobagens do cotiano.

Até as amizades ficaram assim... Sou de um tempo em que amigos de infância, da escola ou do bairro, a maioria deles, iam a casamentos, e, mesmo os que os que não se via há muito tempo estavam lá, fosse hoje, virariam amigos de msn, onde não cabem segredinhos, talvez daí a algum tempo não fosse a mesma coisa e fossem trocados por um estrangeiro qualquer.

O fato é que estou envelhecendo rápido e não tenho tempo de viver quase nada do que sonhei para mim, mas sem melancolia, novos sonhos, com a velocidade de 4 Gigas e sem poder deixar para depois...