sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O mundo é redondo...

...Pra que a gente esteja sempre se batendo!
Essa é a máxima verdade se não do universo, ao menos de Aracaju. Há uns seis ou sete anos, tive um problema com um capitão da PM que durante o meu turno de serviço no 190 se enraivou e puxou a arma mostrando-a para a equipe de serviço. Tentamos por o caso para frente mas ele era influente e não vingou... Ontem fui pretar um apoio a uma querida amiga e qual não foi minha surpresa quando ela me disse que o apoio era para ele.

Tenho raiva do cidadão, hoje major, mas não podia negar esse favor a uma amiga. Parece que Deus está testando a minha bondade, tomara que depois venha um prêmio legal, um filho. Já escrevi minha carta de natal a Papai Noel:

Querido papai Noel:
Este ano fui boazinha, não xinguei muito palavrão e procurei ser uma pessoa legal, legal não boazinha...rsrsrs
Esse ano eu quero dois presentes, o primeiro é a paz mundial, viu como eu sou boazinha?!
O segundo é um menino... Que não seja chinês, eles são grande parte da população mundial...
Um beijo e espero meu presente, mas não precisa ser no sapatinho, pode vir na barriga mesmo...rsrsrsrsrs

sábado, 30 de outubro de 2010

Paixão é bem melhor que amor...

Para quem está apaixonado o outro não tem defeitos... Quem ama aceita os defeitos do outro... o que é melhor?
Ainda lembro do friozinho na espinha proveniente do primeiro beijo, da primeira vez que disse: quero ter um filho seu e do olhar arregalado... tudo era tão mágico...
Casar é um sonho, maravilhoso, noivinha, lua de mel, mas a merda vem depois.
O ronco, as reclamações a tampa do vaso, as críticas, putz! por que tem que ser assim, acho que é por isso que contos de fadas não tem sequência, príncipe barrigudo e pedindo uma cerveja enquanto vê o jogo nem combina...
Já na paixão, até a cerveja você pega com gosto, a briga é desesperadora, pra depois fazer as pazes de um jeito arrebatador e ficar com um sorriso idiota na cara a semana toda, enquanto no casamento até as pazes são meia boca... é igual pra todo mundo isso, não adianta procurar um melhorzinho.... No final todos ficam assim...


sábado, 16 de outubro de 2010

Uh, Tererê, Vote no PT!




Nasci em 1981, e desde que me entendo por gente ouvia as pessoas dizerem nas ruas que o Brasil é o país do futuro. Pensei que não viveria para ver o futuro chegar, mas ele chegou e chegou em uma estrela vermelha.
Oito anos se passaram e a vida melhorou para mim e outros tants como eu, qeu negos e pobre tinham reduzidas suas possibilidades de entrarem em uma faculdade, adquirirem casa própria ou terem disponibilizada a opção de investir o dinheiro em uma velhice tranquila, com a certeza de que ele não será confiscado e de que seus direitos serão garantidos.


E eu, que cresci vendo meus pais recebendo e corrrendo para o supermercado, para pagar as contas antes que a inflação comesse tudo, chego ao final do mês com parte do salário ainda no banco, guardadinho. Terminei a faculdade, fiz pós, meu irmão mais novo, orgulho da família faz mestrado na USP, putz!, diretamente saído da periferia de Aracaju. É, governo Lula, governo do PT, o mesmo que iria comer as criancinhas...


Acho imunda a campanha de José Serra, nojenta mesmo, baseada em mentiras... Um cara que governou uma potÊncia como São Paulo e deixou a porcaria que deixou, imagina o esgoto em que ele vai transformar o Brasil, ele criou os Genéricos, palmas pra ele, e que mais, privatizou as estatais, provocou uma batalha campal no centro de São Paulo entre policiais Civis e Militares, não isso não pode divulgar, isso ele não diz...


Pobre nordestino que vota em Serra merece uma surra, de deixar marcas. seis meses de seca há uns dez anos prejudicaram muito a vida dos sertanejos, hoje, em Sergipe, Engenheiros Agronomos ensinaram o sertanejo a fazer silagem, o gado não passa fome, e o governo federal instalou cisternas em pequenas propriedades, o que garante a sobrevivência em épocas de seca.

Eu voto 13, porque o PT é melhor para mim, melhor para o nordeste e melhor para o Brasil.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Antes de partir






Desde menina desenvolvi um gosto especial por filmes, assisto de tudo, de tudo mesmo, mas meu forte são as comédias românticas, tipo sessão da tarde, bem água com açúcar, com pipoca e que não precise pensar para entender.

Imaginar um filme com a leveza de uma comédia romântica, onde o casal é formado por dois caras velhos, Jack Nicholson e Morgan Freeman, que não são um casal, têm câncer e estão vivendo os últimos dias de suas vidas num hospital, um pobre e um rico, um pouquinho de drama no meio tá certo, mas nada que faça precisar de um lenço, meio difícil de se assistir, né? Até aí o filme seria meia boca, tipo aqueles cults que meia dúzia de pessoas assiste no cinema e sai com umas críticas que nem eles mesmos entendem, mas eis que surge a lista, quem não tem uma lista, grande ou pequena, escrita ou pensada, de coisas que gostaria de fazer, sensações que gostaria de sentir, sonhos para realizar antes que as luzes se apaguem?

Eu mesma tenho uma, imensa por sinal, com sonhos que vou acumulando e esquecendo para viver os dos outros ou pior, a realidade, isso é a sacada do filme ele, o personagem de Morgan Freeman, esqueci o nome agora, passa a viver seus sonhos e ser feliz (acho que só vou me dar conta de que não dura para sempre quando estiver perto de acabar). Eles, ainda que não tivessem quase nenhum tempo, jogaram o dinheiro do rico (o pobre era duro de marré de si) pela janela e riscaram um a um todos os itens de uma lista que vinha sendo escrita desde a juventude, uma lista que eu também tenho... mas que eu não revelaria nem ao espelho( se alguém lê esse negócio...Xiiii). Imagine dois coroas escalando, caçando, pulando de pára–quedas e fazendo meio mundo de loucuras. No final eles morrem, claro, é o destino de todos, só que quando se realiza os sonhos a sensação no final, ainda que o final seja o fim mesmo, deve ser de vitória. “Antes de partir” eu quero me sentir assim.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Poliandria e seu significado

Li esse texto quando pesquisava sobre costumes sociais e sua criação ou surgimento. A cultura da monogamia surge com a idéia de herança do patrimônio, alguns acreditam que o surgimento da monogamia está atrelado ao cristianismo. Achei o tema polêmico e muito diverso dos costumes ocidentais principalmente em relação à Poliandria, que é a poligamia feminina. É um assunto polêmico e quase nunca abordado por essas bandas, mas vale a pena conhecer...

Mulheres Indianas e a POLIANDRIA.

Elas nunca foram a uma grande cidade, não conhecem televisão, nem geladeira e, para elas, ter vários maridos é coisa muito natural. Nas montanhas do Himalaia, norte da Índia, na fronteira com o Tibet, o cinegrafista Hélio Alvarez e Ana Paula Padrão encontraram as pequenas vilas onde moram as mulheres poliândricas.



A poliandria é um costume, hoje, muito raro, que para nós é muito estranho, mas que funciona bem na região do Himalaia. Você vai ver que as poliândricas nem são tão iferentes assim.
Champalín pode dizer que é uma mulher de sorte. Nasceu bela, formou uma família feliz. Aos 28 anos, tem quatro filhos saudáveis e três maridos: Chamlalah, Premlah e Seamrah.
"Todos eles cuidam de mim e das crianças, é muito bom quando se tem tanto trabalho no campo", diz ela.
A história de Champalín não surpreende ninguém na região. É mais uma das tantas diferenças que cimentam a homogeneidade do país. Parece incoerente, mas a principal característica deste povo é justamente sua pluralidade.
São tantos níveis sociais e é tal a complexidade religiosa e étnica que o outro é sempre um disparate pra nós. Eu mesma cheguei na comunidade acreditando que a extrema submissão feminina explicasse casos como o de Champalín, mas a história é bem diferente.
Nas montanhas do Himalaia, extremo norte da Índia, bem perto do Tibet, o país que se apresenta é mais uma face do insólito indiano. Nas pequenas vilas espalhadas pelas montanhas - vilas muito pobres, muito isoladas - a sobrevivência das famílias justifica um costume raro no mundo inteiro: a poliandria.
As cidadezinhas poliândricas lembram vilas medievais. Nas casas, todas iguais, de madeira, onde o milho é pendurado pra secar, vivem todos juntos. Famílias imensas, que se formam a partir do casamento de uma mulher com vários homens ao mesmo tempo. Em geral, irmãos.
Baladêi casou-se com Malen e o irmão, que hoje está na cidade para as compras do mês. "Eu e meu irmão somos tão unidos que podemos ter a mesma esposa e os mesmos filhos", diz ele com naturalidade.
A família vive com os pais dos noivos, que já dividiam o lugar com os avós e alguns dos netos e assim as casas vão ficando cheias. Na hora de dormir, todos vão para o andar de baixo, o mais quente e protegido -- e todos juntos.
O casamento mais comum é aquele no qual o noivo escolhe a noiva e, depois, leva os irmãos mais novos com ele. É o caso de Rudarsín, que tinha quatro irmãos.
"Eu me casei com a minha escolhida, porque sou o cabeça da família. No dia seguinte os irmãos puderam vir para minha casa nova".
Mas, nesse caso, a noiva, Monbedí, também levou a irmã mais nova. Era um casamento de duas mulheres com cinco maridos. Estão todos lá, nas fotos da parede. Juntos, tiveram nove filhos, mas a família já ficou menor. A irmã de Momdebí e três dos irmãos de Rudarsín morreram. Os que ficaram lembram-se com saudades dos tempos de casa lotada.
"Todos ficavam juntos e economicamente estávamos mais seguros, pois não tivemos que dividir a terra e os bens".
Hoje os tempos são outros nas vilas poliândricas do Himalaia indiano. Algumas das mulheres mais jovens, desejosas de viver o amor indivisível e romântico da cultura ocidental, não querem mais ter vários maridos.
"Muitos maridos dão muito trabalho", imagina Minatiráua, de dezessete anos.
Ela sonha com uma casa onde apenas ela e o marido possam construir uma família mais parecida com qualquer outra no resto do mundo. Uma bobagem juvenil, diz Golkul.
Ele nos conta da grande festa de casamento que parou a vila no dia em que ele e seus dois irmãos casaram-se com Savitri. "Hoje já há irmãos se casando com mulheres diferentes e eles têm que ir morar em lugares distantes pra conseguir trabalho - o individualismo cresceu", lamenta Golkul.
Ele aprendeu que não dividindo a família todos garantem a própria segurança. As crianças, nas vilas, ainda são criadas por todos e nunca sabem quem é "o" papai. Algumas têm dois pais, outras três, quatro, ou cinco e não importa muito. Importante é a comunidade.
O trabalho começa cedo e ainda é preciso ajudar na velhice. As mulheres cuidam dos animais e da terra, tarefas pesadas, sim, mas são os homens que enfrentam as longas viagens em busca do que falta no isolamento das montanhas, lutam quando é preciso defender a vila e cuidam da manutenção das casas no rigor do inverno.
Por isso, lavar, tratar o rebanho, cozinhar, pra elas é o lado prazeroso das tarefas domésticas e ainda há tempo para as vaidades femininas, mas esqueça o conceito ocidental de roupas elegantes, feitas pra encantar e seduzir. As jovens da vila mostram, na prática, o que é ser bem vestida.
Pra elas, na vila poliândrica, é muito bom ser mulher e ainda mais quando há tantos homens pra cuidar de cada uma, coisa que não existe em nenhum outro lugar, ensinam as poliândricas.
É, pelos depoimentos delas, casar com vários homens não é sacrifício nenhum. Depois de muita conversa e de vencer as barreiras da cultura, descobrimos os segredinhos de um poli-casamento feliz.
Cada uma delas acaba escolhendo seu marido preferido e os outros têm que se esforçar pra conseguir um tratamento especial. Champalín confessa, enrubescida, na frente dos outros: "Este é o meu preferido".
E por quê? Pergunto eu. O que ele tem de diferente? “Ora”, desconversa ela, "assim como os dedos da mão, os irmãos também não são iguais".
Mondebí, aquela que já teve cinco maridos, quase em segredo, aponta pra mim aquele de que sempre gostou mais e ele sorri o sorriso de quem sabe que teve lugar especial no coração da esposa.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Linda canção!

Quem é Você ?
Simone
Composição: Isolda / Eduardo Dusek



Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei
Eu conheço o teu beijo,
Mas não vejo o teu rosto.
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo.
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo.
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto se nunca te vi
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui... então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer.
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver.
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você

domingo, 11 de julho de 2010

Ter amigos é o máximo!


Poderia no mínimo me convidar para ir à praia com vc. dou a garantia que não falo nem sobre a alegria nem sobre tristeza. Nem sobre a juventude, nem a velhice. Não olho nem para cor dos eu chapéu, seja ele roxo, azul rosa ou amarelo. Quero garantir com você que a felicidade e alegria que você busca é a mesma e pode ser sentida com a simples brisa da praia e a adorável melodia produzida pela
orquestra sifônica do mar
KK
Lindo, queria guardar isso aqui.

sábado, 10 de julho de 2010

Descobri a América!

Há dois dias estou abandonada com meus pensamentos, as coisas ficam mais fáceis assim...
Descobri que não preciso visceralmente ser mãe, apenas queria, mas não vai dar muito certo, as coisas estão se precipitando por aqui de uma forma que não me agradam, acho que me adiantei em tudo, em tudo mesmo, eu poderia estar mais feliz.

Descobri também que a minha felicidade depende só de mim. Lembro de um livro, "O livro da bruxa" onde o autor, pasmei, um homem, diz que nós nos preocupamos muito com aparências quando somos jovens e esperamos a velhice para por um chapéu roxo e sermos felizes, felizes por si sós.
Eu quero constância, uma vida constante e serena, mas recheada de alegria, onde eu não precise abdicar de meus sonhos, o meu mundinho cor de rosa grená, e nem da minha realidade dos meus amores ou da minha vida por nada e nem ninguém...

Acabei de por meu chapéu roxo e amanhã eu vou a praia, só pra começar a ser feliz.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desabafo...




Refletindo...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A polítca e o Brasil na visão de um economista

Adorei esse texto, ele fala sobre muita coisa que concordo sobre o futuro político do Brasil.



SERRA PROPÕE UM CAMINHO PERVERSO PARA BRASIL E AMÉRICA LATINA

As declarações hostis ao Mercosul feitas por José Serra diante de empresários da Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) deveriam ser tomadas como um sinal de alarme não só no Brasil, mas também na maior parte dos países da região. As declarações do candidato direitista aparecem como um velado convite ao suicídio do sistema industrial brasileiro que ficaria exposto à feroz concorrência de países desesperados por aumentar suas vendas.

Em relação às integrações periféricas, que apareceram como respostas às crescentes dificuldades das grandes economias centrais (EUA, União Européia e Japão), a proposta de Serra vai na contramão da tendência global. O que Serra propõe é um caminho perverso: sair do processo integrador periférico e, outra vez, submeter-se por completo às turbulências do mercado internacional sem nenhum tipo de escudo protetor regional, periférico ou trans-regional. Desse modo, o Brasil passaria a ser parte da estratégia de recomposição comercial e geopolítica dos EUA, onde um dos capítulos decisivos é a desestruturação das integrações periféricas na Eurásia e na América Latina.

Serra propõe substituir o Mercosul e as demais alianças periféricas (Unasul, BRIC e todas as outras) por um conjunto de tratados de livre comércio. A retirada política do Brasil significaria automaticamente um decisivo aumento da influência dos EUA na América Latina, sob todos os pontos de vista, abrindo o caminho para suas estratégias de desestabilização e reconquista. Lula nos livrou da Alca, Serra quer nos acorrentar ao interesses americanos.

No esquema Serra - sem a rede protetora de aproximações e acordos políticos e econômicos - o Brasil teria um único caminho para prosseguir em seu desenvolvimento comercial: o da competição selvagem respaldada por salários e impostos reduzidos. Ou seja, apoiada na miséria crescente do grosso de sua população (começando pelos assalariados e seguindo pelas classes média e mais baixas, como ocorria nos governos anteriores a Lula), em um Estado frágil e incapaz e, inevitavelmente, na expansão das estruturas repressivas destinadas a manter a ordem social e política. Em resumo, na deterioração acelerada das liberdades democráticas. Como vemos - e como já vimos há bem pouco tempo -, esse processo começa com um otimista discurso comercial e culmina, necessariamente, em um modelo político vil e claramente autoritário.

Serra é parte do leque de políticos latinoamericanos de raiz neoliberal, nostálgicos das velhas relações neocoloniais com o Império americano. Esses dirigentes, superados pelas tendências integradoras e autonomizantes surgidas na periferia do Primeiro Mundo - especialmente nas nações emergentes -, entrelançaram-se em nome da própria e deseperada sobrevivência. Mas o tempo joga contra eles e a realidade vai lhes escapando. O velho senhor que desejam voltar a servir está enredado em seus próprios e muito graves problemas, o que o torna cada vez mais irracional. Na prática, há um aumento da irracionalidade nos sistemas de poder dos centros decadentes. É imperativo que não permitamos a contaminação dos países periféricos que, racionalmente, souberam encontrar seus próprios caminhos.

JORGE BEINSTEIN
economista e professor na Universidade de Buenos Aires

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Perdida

Acabei de assistir o final de Lost. Fiz tudo certinho, fiz o download, asisti a primeira parte a segunda e depois começou uma palpitação meio estranha no peito, fiquei me sentindo orfã. Peguei o telefone e liguei pro meu marido que atendeu com uma voz de sono:

- Alô, que foi?
E eu:
- Acabei de ver o final de lost!
- Poxa Patrícia eu tô tentando dormir!

Acho realmente que com o fim de Lost nosso relacionamento vai sofrer duras baixas, afinal, o que nós vamos fazer às quartas-feiras? futebol? discutir a relação? Qual vai ser o assunto nas manhãs de quinta?
Creio que o final de Lost deve render assunto um mês... já estou sentindo falta, acho que vou assistir tudo novamente...

Voltando ao assunto, meu marido desligou liguei pro outro lostmaníaco que conheço, meu irmão, que também atendeu com voz de sono, mas não tava dormindo ainda. Conversamos cerca de meia hora muito genericamente, mas não deu pra discutir porque ele também não tinha visto e tive que desligar antes que eu e minha boca grande contássemos o final, que foi bárbaro!
Nunca acompanhei nada por tanto tempo, 6 anos, Lost vai deixar saudades aqui em casa.
A partir de quarta começo a assistir de novo, pra não perder costume, antes de viciar em outra série.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cuba: Da paixão à revolta



Eu era uma das aficcionadas por Cuba, aquela história toda de ideologia igualitária me encantava, até que começeei a ler alguns artigos e conversar com algumas pessoas que já estiveram na ilha.

Hoje pela manhã esteva na Companhia quando Lu mostrou um livro que estava lendo "De Cuba com carinho", com postagens do blog Generación Y, escrito pela filósofa cubana Yoani Sánchez. Como nesse mês o Leão me apertou e a grana está bem encolhida, resolvi atualizar meu espanhol e ler as postagens do blog que relata os problemas de um país que eu só conhecia há até pouco tempo a parte boa. Os textos são ilustrados por fotografias e vídeos que nos fornecem a dimensão do problema.

Fornecimento de água potável, destinação do lixo, problemas referentes à distribuíção de comida se tornam relativamente pequenos em comparação aos desrespeitos cometidos pelo Estado contra direitos básicos como à vida, à liberdade e à dignidade da pessoa humana.

domingo, 9 de maio de 2010

A derrota...

Dormi ontem na casa de mainha, tudo lá é meio diferente... Ela estava se empetecando toda para sair com meu pai e eu fiquei lá na xepa...
Inventei de jantar, como eu não gosto muito de café, ataquei um copo de suco de acerola e fiquei procurando o gelo no congelador, até tinha uma forma com gelo, mas tava muito dura e não deu para tirar. Aí vi umas bolsinhas com um líquido meio azulado onde tava escrito "gelo reciclável". Não pensei duas vezes: se é gelo, vai pro copo!
Lá estou eu, girando o copinho quando meu pai passa olha meio de banda e cochicha alguma coisa no ouvido de minha mãe, ela veio na carreira, deu uma olhada no meu copo e perguntou: o que é isso no seu copo?

Eu respondi que era um gelinho que estava na geladeira, aí ela disse: ô menina, é o gelo de resfriar meu colírio!(Mainha tem início de glaucoma e o colírio dela só pode sair da geladeira em ambiente resfriado)
Fiquei morta de vergonha! Passada!

Moral da história: Pobre não pode mexer em geladeira de rico... só faz vergonha

terça-feira, 13 de abril de 2010

Estou louca para assistir

Documentário sobre “Cabelo Bom” ganha prêmio em Sundance
Leia mais sobre Cinema, Racismo.
Publicado na Monday, 26 January 2009


Parece que eu não sou a única que acha que é importante falar sobre o cabelo afro e o impacto que as fotos da Shasha e Malia têm na comunidade black americana.

Quando a filha de Chris Rock, Lola, foi pra ele chorando e perguntou “papai, porque eu não tenho cabelo bom?”, o comediante perplexo se comprometeu a procurar nas profundezas da cultura negra e até o fim do mundo quem colocou essa pergunta na cabeça da sua garotinha!

A câmera do diretor Jeff Stilson seguiu o artista e o resultado foi “Good Hair”, umm documentário maravilhosamente revelador e divertido e ainda assim sério sobre a cultura do cabelo afro-americano.

Uma exposição de proporções cômicas, que somente Chris Rock poderia fazer, Good Hair visita salões de beleza e batalhas de estilistas, laboratórios científicos e templos indianos, para explorar a forma como o estilo do cabelo negro impacta as atividades, livros de bolso, relações sexuais e a auto-estima do povo negro.

Celebridades como Ice-T, Kerry Washington, Nia Long, Paul Mooney, Raven Symoné, Maya Angelou, e o Reverendo Al Sharpton, candidamente oferecem suas histórias e observações a Rock, enquanto ele procura uma forma de responder à questão da sua filha.

O que ele descobre é que o cabelo negro é um grande negócio, que nem sempre beneficia a comunidade negra e a a pergunta da pequena Lola pode ser bem maior que a sua capacidade de convencê-la de que o que ela tem na cabeça não é nem um pouco mais importante do que está dentro.

Good Hair (Cabelo Bom) ganhou o prêmio especial de juri para documentário americano, no Sundance Festival 2009.

No filme, a atriz Nia Long diz:



“Somente de ver a foto da família e as filhas com seus cabelos, às vezes, em trancinhas, repercute de uma forma tão forte, pra mim. Eu sinto que, finalmente, nós temos uma imagem que é a mais poderosa do nosso país, que realmente é parte do que eu sou.”

sábado, 10 de abril de 2010

Saudades de Clarisse

Sinto Saudades




Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,que não aproveitei de todo,lembrando do passado e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,que se idealizado,provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo,sem me conhecer direito,de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes,de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar,sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...não sei onde...para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades Em japonês, em russo,em italiano, em inglês...mas que minha saudade,por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,espontaneamente quando
estamos desesperados...para contar dinheiro... fazer amor...declarar sentimentos fortes...seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua,nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito,meio nostálgico, meio gostoso,mas que funciona melhor do que um sinal vital
quando se quer falar de vida e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...

Clarice Lispector

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Gente, choquei!



Orgasmos Trifásicos

Millôr Fernandes.

Orgasmo feminino é coisa da qual as mulheres entendem muito pouco e os homens, muito menos. Pelo fato de ser uma reação endócrina que se dá sem expelir nada, não apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu ou se foi simulado.

Orgasmo masculino não! É aquela coisa que todo mundo vê. Deixa o maior flagrante por onde passa. Diante desse mistério, as investigações continuam e muitas pesquisas são feitas e centenas de livros escritos para esclarecer este gostoso e excitante assunto.

Acompanho de perto, aliás, juntinho, este latejante tema. Vi, outro dia, no programa do Jô Soares, uma sexóloga sergipana dando uma entrevista sobre orgasmo feminino. A mulher, que mais parecia a gerente comercial da Walita, falava do corpo como quem apresenta o desempenho de uma nova cafeteira doméstica.

Apresentou uma pesquisa que foi feita nos Estados Unidos para medir a descarga elétrica emitida pela "Periquita" na hora do orgasmo, e chegou à incrível conclusão de que, na hora "H", a "perseguida" dispara uma descarga de 250.000 microvolts. Ou seja, cinco "pererecas" juntas ligadas na hora do "aimeudeus!" seriam suficientes para acender uma lâmpada. Uma dúzia, então, é capaz de dar partida num Fusca com a bateria arriada.
Uma amiga me contou que está treinando para carregar a bateria do telefone celular. Disse que gozou e, tcham, carregou.
É preciso ter cuidado porque isso não é mais "xibiu", é torradeira elétrica!
E se der um curto circuito na hora de "virar o zoinho", além de vesgo, a gente sai com mal de Parkinson e com a lingüicinha torrada.

Pensei: camisinha agora é pouco, tem de mandar encapar na Pirelli ou enrolar com fita isolante. E na hora "H", não tire o tênis nem pise no chão molhado... Pode ser pior!

É recomendável, meu amigo, na hora que você for molhar o seu "biscoito" lá na canequinha de sua namorada, perguntar: é 110 ou 220 volts? Se não, meu xará, depois do que essa moça falou lá no Jô,pode dar "ovo frito no café da manhã."

Moral da história: Como é que não pensaram nisso antes, ameaçando multas e cortes de energia? Esse país não melhora por absoluta falta de criatividade...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Guardados

Acabei de ler um texto maravilhoso e gostaria de guardar aqui para ler vez em quando.

.Eu recomendo : curlveliciously me
.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O problema dos ideias de beleza

Ela é considerada um ideal de beleza na Mauritânia, mas isso nem é uma coisa legal.


Veja por quê.



Texto escrito por Jill do Blog Imagine Today (foi publicado em 8 de janeiro de 2010) sob o título "Beauty Ideals need to go"
Este texto me fez refletir bastante:
" Por um longo tempo eu costumava fantasiar o quão bom o mundo seria se nossos ideias de beleza fossem diferentes, por exemplo, se eu vivesse em um destes países nos quais ser curvelína ou até mesmo gorda fosse valorizado ao invés de ser magro.



Na minha cabeça estes países teriam muito mais liberdade: as mulheres não teruam medo de comer, de usar roupas que mostrassem suas curvas, simplesmente ser quem são... e então eu li este artigo na revista Marie Claire sobre um país chamado Mauritânia, onde o ideal de beleza é " algo como o culto americano pela supermagreza ao contrário. Na tradição Mauritânia são as camadas de gordura que definem a sensualidade"
Enquanto eu lia o artigo eu comecei a entender o quanto era distorcida a minha idéia sobre estes países. Ao invés de ser libertador, o ideal de beleza mais gordo presente na Mauritânia causa dor emocional às mulheres e as leva a comportamentos pouco saudáveis - o tanto quanto os nosso ideais opostos.


Se os pais das adolescentes forem ricos o suficiente, elas são comumente enviadas "colônias" de alimentação forçada para passarem alguns meses , onde elas são forçadas a comer cerca de 40 bolinhas do tamanho de um ovo de uma mistura de tâmaras, amendoin e couscous por dia, além de cerca de 6 litros de leite de cabra com cereais, fazendo com que a ingestão diária seja de 14.000 a 16.000 calorias, embora o recomendado para meninas de 12 anos em geral seja o consumo de 1500 calorias . Um homem adulto fisiculturista, por exemplo, consome cerca de 4.000 por dia.



Se as meninas se recusarem a comer, elas apanham ou torturadas apertando um bastão entre os dedos dos pés enquanto ouvem o quão pouco vale uma pessoa magrela na sociedade.



Ler isso foi um choque, embora, após refletir um pouco, não deveria ter sido.



Na cultura americana somos bombardeados todos os dias com imagens de mulheres magras nas revistas, na TV, nos filmes, etc... raramente vemos mulheres maiores retratadas como pessoas de sucesso ou felizes com suas vidas e seus corpos. Juntando-se a todos as propagandas de programas de dieta que são veinculados constantemente, direcionados às mulheres, especialmente, as mensagem é clara e direta: você não é boa o suficiente a não ser que seja magra. Isto é muito diferente do que desvalorizar as mulheres na Mauritânia por serem magras? Eu creio que não.
Nos Estados Unidos não temos "colônias" de alimentação forçada, mas temos "colônias" para gordinhos (Fat Camps), muitos os quais seguem linhas questionáveis em relação à saúde e, em geral promovem perda de peso que não é mantida porque eles não ensinam aos participantes como viver vidas saudáveis, ao invés disso, ensinam como se livrar de quilos. Além disso, temos programas de dieta que muitas mulheres aderem, programas que em geral as deixam malnutritas e insatisfeitas, enquanto a perda de peso raramente é mantida. Será que isso faz mais sentido do que as "colônias" de alimentação forçada. Eu acho que não.
Na verdade, a mensagem nas duas culturas é a mesma - seu corpo nunca é bom o suficiente - a única coisa que se modifica é o ideal de beleza que as mulheres buscam.


As pessoas afirmam que nosso ideal é mais saudável, mas, honestamente, eu acho isso uma palhaçada.



Quando temos companhias como a Ralph Lauren usando photoshop nas cinturas das modelos para que fiquem menores que suas cabeças ( bonecas Bratz de carne e osso... é sério isso?) e demitindo modelos por serem "muito gordas" para caber nas roupas; quando até mesmo quando os tornozelos da Barbie são criticados por serem muito gordos... temos uma cultura na qual muitas mulheres se sentem compelidas a passar fome e utilizar rotinas de alimentação e exercício pouco saudáveis porque, enquanto sociedade, promovemos o ideial de ser magro acima de ser saudável.



Na Mauritânia promove-se ser gordo acima de ser saudável e em boa forma física, mas, na verdade, não somos melhores que eles.



A questão é: existe um ideal de beleza em todos os lugares e, em todos os lugares, as mulheres são vítimas desta constante luta para atingir o ideal. Mas o que eu realmente queria saber é o porquê disso.
Mulheres gordas na Mauritânia são valorizadas porque, historicamente, uma "esposa gorda" (uma espécie de gado gordo) era o símbolo da riqueza de um homem, prova de que ele tinha meios suficientes para alimenta-la de maneira generosa, enquanto outros pereciam em uma terra propensa à secas.Basicamente, eles valorizam a mulher gorda porque ter uma esposa gorda faz com que o homem pareça mais poderoso.



Do mesmo modo, na America, a magreza pode ser um indicador que há dinheiro suficiente para comprar livros de dieta, planos de dieta, consultores de dieta, ser membro de uma academia, etc...



Mulheres que não perseguem o ideal de magreza em geral ficam preocupadas porque acreditam que não vão encontrar o amor por conta disso. Então, basicamente, nos dois casos, a questão central se resume a duas coisas: dinheiro e homens.



Você sabe o que convenientemente não existe nas duas culturas, na nossa e a da Mauritânia? Um ideal de beleza masculino.



Em geral os homens são cobrados muito menos em termos de aparência. Uma evidência: "barriga de chop" em homens é algo que pode ser sexy. Ao mesmo tempo, também são sexies os que não têm barriga. Basicamente os homens escapam muito mais das pressões sobre sua aparência.



Homens ricos e poderosos em geral tem como parceiras mulheres de beleza convencional (a única coisa que muda é o que se considera bonito) sem que se leve em conta sua própria aparência, porque isso não importa tanto quando um homem é avaliado. Políticos homens e outros homens de influência raramente, se o são, são criticados ou admirados por suas aparências, mas as mulheres influentes (como Hillary Clinton e Sarah Palin) o são.


Isso é errado. Algo deve ser feito.


Eu não estou dizendo que devemos começar a julgar os homens por sua aparência primeiro e suas realizações depois. O que eu estou dizendo é que precisamos nos livrar da idéia de dois pesos e duas medidas e parar de julgar as mulheres, especialmente as que são poderosas e influentes por sua aparência às custas de seus ideais.
Estabelecer um modelo de beleza é errado, não importa que modelo seja este, pois é injusto e explorador, e tudo que isso faz é fazer com que as mulheres gastem seu dinheiro e sua atenção de maneira excessiva e evita que elas conquistem tudo que podem conquistar, enquanto os homens, são em gerais mais livres para brilharem por conta de suas mentes e seus méritos.
Todos os corpos são bonitos e capazes de coisas incríveis- É hora de começar a viver está premissa como parte de nossa cultura".
O texto da revista Marie Claire a que a autora se refere está aqui e traz detalhes ainda piores sobre as "colônias" de alimentação forçada da Mauritânia.


Nota da tradução: Os "camps" em inglês indicam lugares nos quais em geral jovens, passam as férias, dedicando-se à atividades específicas, em geral durante as férias de Verão. O nosso equivalente seriam as "colônias de férias". Por isso traduzi "camps" como colônias. Desta forma os Force Feding Camps e o Fat Camps em português seriam "Colônias de alimentação forçada" e " Colônia para Gordos".
Algumas palavras como Force Feding Camps foram traduzidos aqui como "colônias".

sexta-feira, 12 de março de 2010

Machismo...

A idéia propagada aos quatro ventos de superioridade masculina me enoja. Não casei para agradar meu esposo, se ele quisesse ser agradado o tempo todo voltava a morar com a mãe dele.
Aliás a culpa é delas, das mães, melhor, é nossa, porque as mães somos nós mulheres!

Reclamamos da forma como os homens nos tratam, das palavras pejorativas que eles nos dirigem e quando temos a oprtunidade de reorganizar as coisas a partir da base, das crianças, fazemos tudo igual das atividades proibidas "de meninas" até os preconceitos que são passados de geração em geração, sobre as mulheres "honestas" criadas para agradar aos irmãos, ao pai e ao marido passando do julgo de um diretamente ao outro.

Chega de agradecer quando o homem não fez mais que a sua parte na divisão de tarefas domésticas, chega de por a comida, lavar as cuecas, chega disso tudo e viva a igualdade!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Preciosa

Que filme esplêndido! A poesia do flashdance e da poesia forçada da década de 1980foi por água abaixo, adoro flash dance também, mas Preciosa me atingiu com a sutileza de um soco no estômago para uma realidade que ainda hoje assombra crianças e adolescentes em famílias do mundo inteiro...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Deixar para depois...

As vezes deixo tudo em minha vida para depois, é como se as arvores, as flores, os sorrisos, as amizades... como se tudo congelasse, perdesse a expressão.

Todos os livros que alguém me indica, a maioria de auto ajuda, versam sobre o poder do agora, a importância do pensamento positivo na vida das pessoas, como pensamentos podem trazer vantagens financeiras...

Estranho isso, parece que o tempo agora passa muito mais rápido que há dez anos, quando os amores da adolescência eram um vida toda, mas no presente, cada beijo era intenso, cada lágrima vinha do fundo das entranhas, uma noite durava uma eternidade. Não sei se é uma mazela da idade adulta ou uma consequência de um mundo onde não se admite esperar um pouco, prosear sobre bobagens do cotiano.

Até as amizades ficaram assim... Sou de um tempo em que amigos de infância, da escola ou do bairro, a maioria deles, iam a casamentos, e, mesmo os que os que não se via há muito tempo estavam lá, fosse hoje, virariam amigos de msn, onde não cabem segredinhos, talvez daí a algum tempo não fosse a mesma coisa e fossem trocados por um estrangeiro qualquer.

O fato é que estou envelhecendo rápido e não tenho tempo de viver quase nada do que sonhei para mim, mas sem melancolia, novos sonhos, com a velocidade de 4 Gigas e sem poder deixar para depois...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quase

Que saudades dos tempos em que toda a minha vida cabia numa mochila e os meus sonhos no solado dos sapatos...

"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance;
Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Sarah Batista

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Um dia...

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...

Um dia nós percebemos que os homens tem extinto "caçador" e fazem
qualquer mulher sofrer...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu se tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém mas não
damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...
Enfim, um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo
todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para
beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito..

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas em nossa vida,
ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Se bem que, quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá
uma longa explicação.


Mario Quintana

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Manual do cafajeste

Em frente ao escritório do advogado tem uma livraria e de lé eu vi na vitrine um livro: Não existe mulher difícil, de André Aguiar Marques.

Interessei-me e comprei, li em duas horas, é melhor que auto ajuda. No próprio livro existem extrações de outro livro que estou lendo: A arte da guerra.

Mulheres do mundo todo, uni-vos!


Vamos conhecer cada tática para combatê-la, vamos trucidar mastigar e cuspir esse tipo de homem que pensa a mulher como mera presa. Vamos a um pedacinho dessa obra-prima (não no sentido de puta):

..."O homem certo é um antigo mito, transmitiido de mãe para filha..."

"... Confunda a garota e ela vai achar que a culpa pela separação é dela..."

É garotas nós também sabemos ser cruéis, desenvolvam seus próprios métodos...

Azar o meu...

Lá vem o sol... No último sábado eu e meu excelentíssimo resolvemos ir a praia para o final de semana com minha família.
Me arrumei com canguinha da moda cabelos a lá Helena da novela das oito, oclão, e lá vou eu à farmácia comprar um caixa de o.b.,mas... no meio do caminho havia uma carroça, e, por incrível que pareça um carroceiro que pulou em minha frente e perguntou:
-Em que praia a princesa vai?

Cara de annnnnn?

- Já sei que a vista vai estar linda...

Resposta pronta:

- Volta pra tua carroça que o outro cavalo tá esperando!

Surpresa do carroçeiro:

- Vai chover o dia inteiro!

Pro meu azar quando chegamos na fila para atravessar o carro pelo rio descobrimos um caminhão carregado de areia que ao que me parece não tinha o alvará do IBAMA e um pessoal da Marinha tava implicando, tira o caminhão, põe o caminhão, tira o caminhão... Aí atrasou ainda mais a única balsa que fazia a travessia.

O caminhão embarcou e a balsa seguiu, quando voltou trocaram o piloto, ou motorista, ou como quer que chamem quem dirige uma embarcação... Surpresa!

O carinha não sabia dirigir aquela bosta direito, o negócio esgasgou no meio do rio e tivemos o brinde de uma hora e um pouquinho, no meio do rio Vza Barris, com uma paisagem magnífica, alguns bêbados e um velho reclamando o tempo todo... fora o sol morninho de uns 32 graus na cuca... o piso era um chapa de ferro então dá pra imaginar como era refrescante a sensação...

Saí de lá molinha, molinha...

A noite após o jantar estavamos reunidos na cozinha quando eu contei sobre a praga do carroceiro e disse que como não havia chovido podia até faltar eneria, alguém levou isso a sério e todas as luzes se apagaram, a energia s´voltou de pois das onze... E o outro dia foi todo nublado, até a hora de vir para casa...

Cuidado meninas, praga de carroceiro pega!

Bom Dia!

Essa música fez parte dos melhores dias do meu mês durante o tempo em que trabalhei na Deso, como técnica industrial em Saneamento. Quando o serviço social fazia palestras e as festinhas dos aniversariantes do mês, iniciavamos a reunião com esta música, e eu adorava, todos, desde o auxiliar de execução, até o chefe, sentavamos juntos ocupando o mesmo espaço, o autor da música não poderia ser outro senão Paulo Freire, então Bom Dia!




Bom Dia
(Swami Jr. e Paulo Freire)

Logo de manhã
Bom dia
Logo de manhã
Bom dia
Um dia quero mudar tudo
No outro eu morro de rir
Um dia estou cheia de vida
No outro não sei onde ir
Um dia eu escapo por pouco
No outro eu não sei se eu vou me livrar
Um dia eu esqueço de tudo
No outro eu não posso deixar de
lembrar

Um dia você me maltrata
No outro me faz muito bem
Um dia eu digo a verdade
No outro não engano ninguém
Um dia parece que tudo tem tudo
Pra se o que eu sempre sonhei
No outro dá tudo errado
E acabo perdendo o que já ganhei

Um dia eu sou diferente
No outro estou bem comportada
Um dia eu durmo até tarde
No outro eu acordo cansada
Um dia eu beijo gostoso
No outro nem vem que eu quero respirar

Um dia eu quero mudar tudo no mundo
No outro eu vou devagar
Um dia penso no futuro
No outro eu deixo pra lá
Um dia eu acho a saída
No outro eu fico no ar
Um dia na vida da gente
Um dia sem nada demais
Só sei que eu acordo
E gosto da vida
Os dias não são nunca iguais

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Às vezes...

A gente deixa de ser o que sempre foi e sentir o que sempre sentiu...

Mulher Eu Sei

Chico César


Eu sei como pisar
No coração de uma mulher
Já fui mulher eu sei
Já fui mulher eu sei

Para pisar no coração de uma mulher
Basta calçar um coturno
Com os pés de anjo noturno
Para pisar no coração de uma mulher
Sapatilhas de arame
O balé belo infame

Eu sei como pisar
No coração de uma mulher
Já fui mulher eu sei
Já fui mulher eu sei

Para pisar no coração de uma mulher
Alpercatas de aço
O amoroso cangaço
Para pisar no coração de uma mulher
Pés descalços sem pele
Um passo que a revele
já fui mulher eu sei

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nostalgias

Linda letra, linda música roubei do blog da amiga Rita.


Nostalgias

Quiero emborrachar mi corazón

para borrar un loco amor

que más que amor es un sufrir

Y aquí vengo para eso

a borrar antiguos besos

en los besos de otras bocas

Si tu amor fue flor de un día

¿porqué causa es siempre mía

esa cruel preocupación?

Quiero por los dos mi copa alzar

para así poder brindar por los fracasos del amor.

Nostalgias

De escuchar su risa loca

Y sentir junto a mi boca

Como un fuego su respiración.

Angustia

de sentirme abandonado

y pensar que otro a tu lado

pronto… pronto le hablará de amor

¡Hermano!

Yo no quiero rebajarme

ni pedirle, ni llorarle

ni decirle que no puedo más vivir

Desde mi triste soledad veré caer

las rosas muertas de mi juventud

Gime, bandoneón, tu tango gris

quizá a ti te hiera igual

algún amor sentimental

Llora mi alma de fantoche

sola y triste en esta noche

noche negra y sin estrellas

Si las copas traen consuelo

aquí estoy con mi desvelo

para ahogarlos de una vez

Quiero emborrachar mi corazón

para así poder brindar

Por los fracasos del amor

“por los fracasos del amor”…


[Juan Carlos Cobián y Enrique Cadícamo]

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

É velho mas tá pago!

Meu fusca saiu da oficina! Quanta alegria, quanta felicidade... o pedal macio que parecia um bolo de fubá. Até eu precisar usar a buzina...

É um fenômeno interessante que ocorre com meu Rollys Fusca... Quando o funcionamento do carro está perfeito ele perde a voz, simplesmente a buzina some, quando concerto a buzina o carro morre toda vez que está em baixa rotação... Interessante!

Mas interessante mesmo é a cara que o mecânico faz toda vez que vou lá (uma vez por semana) passa a mão pelo queixo e faz hum-hum, como se fossse um geriatra olhando um paciente... Paciente mesmo sou eu!

E quanto ao título do post, vou fazer um adesivo pra por no carro!




Eis a razão do meu sofrimento: Filho amado, por que fazes assim?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fazer o bem

Coloquei minhas sapatilhas, preciso de outras novas, já havia posto a roupa, agora era só entrar na guerra pela maquiagem.
Ih!... Um espelho para cinco pessoas, que loucura!
Pó branco, na testa, nas bochechas, um pouco abaixo do queixo, que negócio oleoso... um pouco de tinta vermelha nos lábios, hum... fiz uma boquinha pequena, pra contrastar com a real, que é grande pra caramba.
tinta pink acima dos olhos, uma tiara com anteninhas, narizinho vermelho de tinta, tô pronta!

Fomos de taxi, o povo da rua olhando aquele bando de palhaços dentro de um taxi, ainda bem que agradamos ao povo, por que a turma no local era totalmente fora do esperado, pessoas ricas e velhas, em sua maioria... Cadê as crianças? alguém perguntou, ficamos sem respostas.

Ih!...reportagem da tv, filmaram a gente. apareceram dois ou três garotos, mas não eram aqueles com os quais estavamos acostumados, eram meninos sadios ficaram junto conosco, um senhor gordinho sentado em um puff a minha frente começou a cochilar, a esposa dele muito chic estava ao lado, eu o acordei e falei baixo:
- Tava dormindo, né? Nem ouviu o discurso...

Quem estava mais próximo riu, com vontade de dormir também. E o calor? Nossa, o calor estava insuportável do lado de fora. Depois do discurso e das homenagens, entramos e contatamos que lá dentro estava muito quente também e dentro da fantasia estava pior, deviam por ar condicionado central...rsrsrs...na fantasia.
Brincamos com os adultos e com algumas crianças que entraram depois.

A obra ficou linda, é um avanço espetacular na possibilidade de acolhida para crianças e adultos com câncer, foi uma noite maravilhosa. Palavra de palhaço!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A prova de bala

Um empurrão no meio da multidão, começou o tumulto, nos afastamos, levamos nomes que não merecíamos, uma parte do corpo foi puxada para trás. O tronco viu uma arma apontada para si nas mãos do homem bêbado travestido que dizia ser policial civil. Gritos de mulheres e crianças ao redor. Imobilização, corrida, apoio, impunidade.
O corporativismo é um verme que come lentamente as entranhas daquele que o propaga.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sobre o meu nariz!

Em minha adolescência alimentava abertamente o sonho de fazer uma cirurgia plástica no nariz. A Tv me dizia diariamente o qunto ele é feio e desproporcional, todasas atrizes que surgiram com esta parte da anatomia parecida com a minha optaram por cirugia e eu acreditava que este seria o melhor caminho a seguir, mas não é!

Várias adolescentes, como um dia fui, tentam em vão se enxergar em personagens de uma mídia que não as enxerga e não as vê! Um documentário que estava passando na TV Brasil usou o termo Tv Daltônica, onde a população brasileira é branca inteiramente branca importando alguns negros da realidade apenas para fazer a faxina e servir o café.

Nós existimos e consumimos e muito! A maior parte da população do Brasil é formada por não brancos e eles ignoram isso. Meu nariz é negróide por que eu sou negra e ele executa muito bem as funções que lhe são pertinentes, como tenho executado muito bem minhas funções na sociedade.

Me lembro que desde criança meu nariz serve de chacota para coleguinhas mal intencionados.
- É uma bolinha no final do tobogã...
Essa foi a menos pior... as pessoas têm que passar a enxergar a realidade, afinal se sua filha ficar tetraplégica vc dispõe de uma empregada e um motorista para carregá-la? Aí a vizinha diz : - Isso pode acontecer a qualquer um!

Poderia se depois do acidente ela tivesse que ficar meses na fila do SUS ou então aguardando a autorização de um plano de saúde e depois tivesse que se deslocar uns trinta quilômetros diários para a fisioterapia, isso sim pode acontecer a qualquer um!

Agora procuro coisas que me representem, chega de escova e chapinha no cabelo! Chega de querer juntar para a cirurgia que mutile o que sou e os ideais que tenho!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Show de Verão

Meu irmão passou no vestibular. Bom, tudo bem que ele é biologo, mas depois que teve um câncer com 23 anos ele resolveu ajudar outras pessoas, e com a cara, a coragem e um salário minguado tentar enfermagem em uma particular no ano passado, entrou, e agora passou na Federal, menos um bocado de dinheiro pro bolso de alguém.

Algo assim não poderia ficar sem comemoração, comemorou com uma parte na sexta e no sábado, quando ainda comemoravamos alguém saltou com a idéia:

-Tem Dudu Nobre e J. Quest na Atalaia Nova!
As pessoas se animaram, eu pensei que ia dar bolo, eu sabia do show, mas meu marido trabalhando, a gente brigado, o irmão dele morando lá... Fui e não me arrependi, o show foi maravilhoso exceto:


@ Uma maluquete derroubou cerveja em mim, mas a mulher tava travada, por que veio passar a mão pra limpar e depois ficou beijando minha mão pra pedir desculpas;

@ Um louco veio me puxando pela mão;

@ Um louco puxou minha cunhada pela mão e meu irmão se irritou (pensei q ia sair briga);

@ No final do show encontrei meu cunhado e meu marido ainda, eu acho, não sabe que eu fui ao show.

Isso vai dar um problema....

domingo, 10 de janeiro de 2010

Histórias de família - O menino e a professora

Vou começar a postar as histórias da família que chegaram até mim, quem sabe um dia eu transforme em um livro.
O menino e a professora

Honório nasceu em 1923, no povoado Mata de São José, município de Maruim, Sergipe, numa família que vivia do campo. Por volta dos cinco anos o menino sentiu uma dor forte na cabeça, um derrame o deixou acamado, mas não demorou muito tempo ele se recuperou, saiu da Mata e foi viver com a avó na cidade. Não podia ser contrariado, a família acreditava que isso podia agravar seus problemas, Dodó, como era conhecido, escasquetou que queria estudar, e passou a insistir e derrubar os argumentos da avó sobre a sua saúde.

Aos oito anos lá ia o menino todo contente para a escola. Aos onze, encontrou Dona Inês, professora rígida dos tempos de antigamente, tinha uma palmatória daquelas de dar inveja a muito torturador da década de 1960, mas isso não intimidou o menino Dodó, que se apaixonou pela professora. Estudava com afinco e se aplicava cada vez mais para apreender a matéria, mas a professora não dava fé da sua existência queria saber do conteúdo. Minha avó falou que a professora tinha uma mão pesada. Como o estudo era menos valorizado que o trabalho naquela época, quando terminou o primário (atual quinto ano) os pais do menino decidiram que havia chegado a hora de parar de estudar e começar a trabalhar. Trabalhou na terra, na estiva, veio para a capital, mas, Dodó não tirava a professora da cabeça. Aos vinte e dois anos, após um grave acidente de trem, ele decidiu que era chegada a hora de voltar ao seu lugar e lá chegando encontrou sua querida professora, ainda solteira.

Casaram-se cerca de um ano mais tarde, tiveram apenas um filho, que morreu, da doença que acometera seu pai na infância. Um derrame levou o filho de Honório com apenas trinta e três anos de idade, ele deixou três filhos. Logo depois, D. Inês caiu doente e Dodó cuidou do seu grande amor até o último momento. Após a morte da esposa ele voltou para o interior, passou por lá alguns anos quando leu muito a Bíblia, quando foi chamado pela nora para ajudar com as crianças. Voltou a capital e passou a auxiliar na educação dos netos e a vender bananas no mercado central. E como foi difícil!

Os garotos estudavam e queriam saber sobre História e geografia, o avô encabulou-se e passou a valorizar a primeira coisa que apreendeu com a esposa, e o homem rústico que estudara até a quarta série dedicou-se com afinco à história e à geografia. Estudou a União Ibérica e a História do Brasil, além de geografia do brasil e passou a decorar dados que ele via em Atlas. As pessoas passaram a se interessar por aquele vendedor de bananas que buscava tanto o saber, vez ou outra passavam por lá estudantes que sentavam e passavam horas conversando com ele.

O mais interessante é que Dodó passou a dedicar a vida aos netos e ao estudo, não amou mais ninguém. Achei a história legal e fiz um documentário sobre ele pra faculdade em 2006, a profesora selecionou e passou na rádio, foi legal o pessoal da feira onde ele trabalhou mais de trinta anos ligando pra falar do homem simples que sonhava em ter um terreninho na mata pra terminar seus dias, não foi possível, ele morreu um ano depois.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

AS confissões amorosas do meu esposo

Estou aqui no computador enquanto meu esposo relata sua vida pregressa. Acho que todo marido devia casar virgem, de tudo mesmo.
Virgem de beijos, de abraços e de amor, se não fosse poderia ao menos fingir. Ele não sabe detalhes sobre a minha vida sentimental antes dele e poderia me poupar de saber sobre aquela namoradinha de adolescênca, mas bonita mesmo neguinha, sabe?
Afff, isso é péssimo!
Acho que tô sentindo até o cheiro do cabelo da desgraçada, os pés pequenos, putz! eu calço 39... o jeito de andar. Vou mudar de assunto antes de dormir.

A síndrome monográfica...

Demorei um ano para desenvolver e apresentar minha monografia, um ano inteiro de viagens, entrevistas, leituras, mais leituras e mais leituras...

Na hora da entrega eu perdi a paciência... ainda não entregei... faz dois dias que deixei na gráfica e ainda não tive coragem de pegar. Vou tentar fazer isso amanhã, fazer a ficha catalográfica na biblioteca etc.um saco
Quanto esforço!

Hino ao amor

HINO AO AMOR



Se o azul do céu escurecer
Se a alegria na terra, fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor
Se tu és o sol dos dias meus
Se os meus beijos sempre forem teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida
Um punhado de estrelas
No infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos
Risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
Se o destino, então, nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querido
Porque eu morrerei também
Quando, enfim, a vida terminar
E de um sonho nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar.

(Versão - Odair Marzano)

(Edith Piaf – Marguerite Monnot)